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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Cervejaria Canoinhense

Este mês visitei uma cervejaria que talvez seja a mais antiga das artesanais do Brasil. É a Cervejaria Canoinhense, que fica em Canoinhas - SC, de propriedade do (lendário) mestre- cervejeiro Sr. Rupprecht Loeffler.

Eu já conhecia a fama da cervejaria, e, aproveitando a passagem por Treze Tílias, desviamos um pouco o percurso para chegarmos em Canoinhas.

A Canoinhense, fundada em 1908, produz 4 tipos de cervejas artesanais segundo receita que está com a família há 5 gerações. São elas: a Pilsen Jahu, a escura Nó de Pinho, uma Malzbier e uma Bock Porter (?) chamada Mocinha.

Os tonéis de carvalho e outros equipamentos foram trazidos pelo pai do Seu Loeffler há mais de 1 século e até hoje são utilizados na produção que, neste período, fica em torno de 1500 garrafas.

Juntamente à fábrica fica o bar da cervejaria, decorado com animais empalhados, onde os visitantes podem degustar as cervejas em grandes mesas de madeira, além de poder conversar com o próprio mestre-cervejeiro.

fachada da cervejaria





tanque de brassagem - de cobre alimentado com forno à lenha


resfriamento do mosto com ventilador


tina de clarificação - de carvalho


tanques de carvalho para armazenamento da cerveja pronta


degustamos a Jahu e a Nó de Pinho


bar da cervejaria com os animais empalhados


Seu Rupprecht Loeffler, de 91 anos, bebe 2 garrafas por dia. "Essa cerveja é medicinal" , diz.



terça-feira, 27 de maio de 2008

Bierbaum

Em mais uma visita à cervejarias, fui conhecer a Bierbaum, em Treze Tílias/SC. O município, localizado no meio oeste do estado, é conhecido como "O Tirol brasileiro", em referência à região de mesmo nome na Áustria. Isso porque Treze Tílias é a maior colônia austríaca fora da Áustria. A cidadezinha, de apenas 5 a 6 mil habitantes é muito bonitinha, toda em estilo Europeu.
Legal, não?
Pois bem, vamos falar da cervejaria...
Logo na chegada fomos recebidos pelo cervejeiro Rodrigo, que nos apresentou a casa (a cervejaria em si, e o restaurante Edelweiss, ao lado). Logo depois fomos experimentar o produto. São 3 tipos de cerveja: Pilsen, Premium e Bock, além de oferecerem a Pilsen com sabor de abacaxi, mas essa não vou comentar, pois não experimentei.
Os 3 tipos são muito bons, mas gostei mesmo foi da Premium, uma Pilsen mais encorpada, dourada e aromática. Assim, pensei... “claro, em uma cidade de colônia austríaca, é óbvio que a cerveja Premium, mais encorpada, seria a melhor!” Engano meu... a Pilsen, bem suave e clara, também é o carro-chefe da Bierbaum. Mas isso também se deve ao bom trabalho do cervejeiro e da família Bierbaum, que produzem um belo exemplar desse tipo que pra mim é o mais difícil e delicado de se fazer.
Por estar em uma cidade com pequena população, em uma região idem, esta cervejaria serviu de exemplo para mim de como bons produtos conseguem conquistar um bom mercado.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Nova Aquisição

Ontem foi anunciada mais uma compra realizada pelo grupo Schincariol. O alvo agora foi a cervejaria Eisenbanh, de Blumenau/SC. Para quem costuma passear pelos Blogs cervejeiros e outras páginas relacionadas, o assunto não é novidade.
Para mim também não, pois essa negociação não é recente. Mas como uma fiel defensora das cervejas artesanais, no fundo eu torcia pra que isso não acontecesse. Não que eu quisesse estragar os planos do grupo - e nem da Eisenbahn - mas é que eu temo muito essa estratégia da Schin.
Falo tudo isso pois não gostaria de ver acontecer de novo o que aconteceu com a Devassa. Conheci esta cerveja desde que era produzida terceirizada, em uma cervejaria onde meu pai era sócio, juntamente com os mestres-crevejeiros Kátia Jorge e André Nothaft.
Nesta época, e também durante os tempos em que foi produzida no bairro de Santo cristo, no Rio, as cervejas eram ótimas, o que as levou ao conhecimento de uma grande parte dos apreciadores de cerveja. No entanto, depois que a cervejaria mudou para a fábrica da Schin em Cachoeiro de Macacu, ficaram irreconhecíveis.
Mudou a cor, o aroma, o sabor, a espuma... tudo!
Sinceramente, torço para que realmente a Schincariol cumpra o acordo que fez com os donos da Eisenbahn de não mudar nenhuma fórmula... ou então o que podemos fazer é lamentar.

O que que vocês acham? Comentem.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

17/04 - Opa Bier

Por último seguimos para Joinvile, logo pela manhã, para visitarmos a Opa Bier. Chegando lá, conhecemos toda a fábrica e experimentamos a cerveja, que continua muito gostosa, assim como a que eu havia experimentado na Brasil Brau.
A cervejaria, que está insatlada em um grande galpão, se encontra em expansão para abrigar um bar. E outras novidades estão por vir... mas não sou eu quem vai antecipar hehehe.
É uma pena, mas infelizmente também não tenho fotos desta visita. Fica pra próxima.

Minhas impressões: o chopp Pilsen da Opa Bier é realmente muito gostoso, um perfeito equilíbrio entre o sabor do malte com o amargor do lúpulo.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

16/04 - Eisenbahn, Wunder Bier, Bork, Schornstein e Königs Bier

EISENBAHN

Cervejaria já tradicionalmente conhecida em Blumenau, sempre campeã de vários concursos pelo mundo. Chegamos ainda bem cedo, visitamos rapidamente a fábrica e levamos alguns souvenirs... mas nem sinal da cerveja... talvez pelo horário, sei lá. Enfim...

Minha impressões: não provei nenhuma das 13 (?) cervejas, mas o lugar é bonitinho.





WUNDER BIER

Uma das mais recentes cervejarias do Sul, a Wunder Bier de Blumenau impressiona já na chegada. A casa, em estilo típico alemão, nos remete às cervejarias antigas, porém, tecnologicamente moderna.
Quando visitamos, o bar da casa estava fechado, mas pude verificar por dentro os cuidados com cada detalhe. Provei os dois tipos de cerveja: a Wunder Lager (sem filtrar) e a Lager hell (filtrada).

Minhas impressões: o pessoal é muito atencioso e a cerveja é maravilhosa. Por preferência pessoal, gostei mais da sem filtrar por ter mais corpo e o sabor da levedura ser muito agradável.







BORK

Provavelmente uma das mais antigas microcervejarias ainda em atividade de Santa Catarina, a Bork, de Timbó, impressiona pelo processo de fabricação de seu produto. A Brassagem é realizada por cozimento a uma determinada temperatura e então resfriada naturalmente. O resultado é uma cerveja diferente de todas as outras e muito gostosa.

Minhas impressões: a família Bork é muito hospitaleira e o chopp é realmente diferente e gostoso, acho que provavelmente pela sua leve acidez muito bem balanceada com o doce do malte. Adorei conhecer o método (para mim, novo) e provar que sai um bom produto.







SCHORNSTEIN

Seguindo nosso itinerário, fomos para Pomerode, na cervejaria Scornstein (cujo nome, em alemão, significa chaminé), visitar o cervejeiro Zé Carlos, de quem eu gosto muito. Eu já havia experimentado as cervejas deles (Pilsen e Pale Ale) na Brasil Brau, mas pra minha surpresa, desta vez tinha também uma Bock.

Minhas impressões: achei que a cerveja Pilsen, principalmente, mudou muito desde a Brasil Brau, mas continua interessante. A Pale Ale e a Bock tb são cervejas muito gostosas, apesar de eu sentir uma acidez um pouco exacerbada.







KÖNIGS BIER


Já em jaraguá do Sul - e quase terminando o dia - visitamos a Königs Bier, a mais nova cervejaria de Santa Catarina. A idéia do Ivan, proprietário da empresa, era fazer uma Pilsen honesta e "fácil de beber", ou seja, que não tenha nada muito exacerbado em termos de amargor, álcool, etc. E conseguiu! A receita, elaborada pelo cervejeiro Elvis Pérsio, realmente apresenta um ótimo drikability e, com certeza já caiu no gosto dos catarinenses.


Minhas impressões: uma cerveja puro malte muito gostosa de se beber. Gostei muito da proposta e do resultado, no entanto, para meu paladar, eu sinto um pouco a falta de lúpulo para balancear com o doce do malte. Mas isso seria ir contra o belo padrão Königs.



*Infelizmente, no final do dia, acabou a bateria da minha câmera. Por isso não postarei fotos desta cervejaria.